27 janeiro 2006

 

Os dois mundos


A vitória surpreendente e inquestionável do Hamas com 76 dos 123 lugares no Parlamento Palestiniano gerou no imediato comentários a dois tons. De um lado, e tendo que recorrer à BBC para o registar, estão os cidadãos anónimos que globalmente, indiferentes a nacionalidade, congratularam o plesbicito palestiniano e procuram compreender as razões da escolha pelo Hamas. No outro extremo do espectro da opinião estão as autoridades, o Presidente americano e o governo Israelita, que recusam reconhecer a legitimidade do partido escolhido pelos palestinianos (a UE, pela sua comissão, calou-se até poder firmar um consenso europeu).

Será da dialéctica que o mundo se faz em dois?

Comments:
Viva,

Essa dicotomia é cada vez mais evidente. É óbvio que o Hamas tem legitimidade para governar mas, como a qualquer governo democrático, também vou estar atento aos excessos. É óbvio que o radicalismo não ajuda ninguém mas é preciso, ao mesmo tempo que o combatemos (ao radicalismo) esvaziar as causas do próprio radicalismo. Só assim este perde o apoio popular!

Abraço e bom fim de semana,
 
A ideia de ser radical agrada-me, significa literalmente ir a raiz. O "no meio esta a virtude" pode ter meritos na higiene mental e corporal mas o corpo politico pede outras regras.

Abraco,
 
Viva,

Não sou contra as "rupturas"! Tenho consciência que o mundo avança com algumas delas. Mas há alturas em que não devemos desistir da procura de consensos. E eu acho que as rupturas naquele local do mundo podem ser perigosas principalmente para quem as fizer. Estar a far do problema Israelo palestiniano é o mesmo que discutir o sexo dos anjos, ninguém sabe a solução.

Abraço e bom fim de semana,
 
Daviduskas,

Os EUA ja o prometeram mas vamos ver se a UE subscreve.
 
Por acaso ate comprei o jornal hoje:

"If the PAE is in breach of these agreements you would have to review the situation." said an EU source.

Isto e' diferente em tom e conteudo do que os Americanos estao a dizer. E' uma promessa de castigo, uma proposicao defensiva para a comunicacao social, nao e' um ultimato. Mas a ver vamos, parece-me que na UE ainda nao ha e' qualquer politica definida, os paises ainda nao acordaram nada...
 
Ou conflicto imperialista, se considerarmos que Israel permanece na esfera de influencia dos EUA, e hostil aos interesses europeus. Tradicionalmente, a Franca apoia a causa palestiniana.
 
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