04 março 2005
Política não entra no Ministério das Finanças
Desenganem-se, de uma vez por todas, os ingénuos que pensavam que o PS daria um novo rumo ao país. Com a apresentação dos novos actores da novela governativa, percebemos mais uma vez como as diferenças de talento entre PS e PSD são nulas. Muda apenas a maquilhagem, e às vezes nem isso. José Sócrates criou um governo ao estilo do Guterrismo, e tal como escrevia Joaquim Fidalgo há uns dias, a política fica presa com uma trela na porta do Ministéro das Finanças, de cauda a abanar, à espera que o dono volte. O "Socratismo" vai apenas ser uma linear continuação das leis da ditadura do mercado, do desmantelamento do já definhante Estado-Providência, ignorando até as tímidas tendências keynesianas que ainda existem dentro do PS. A suposta "alternância democrática" não funciona, pois as linhas políticas são sempre as mesmas, independentemente do vencedor.
Mais um sinal de degenerescência desta coisa a que convencionámos chamar democracia.
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