02 outubro 2007

 

A morte a chover dos céus


A "surge" do Partido Republicano é uma campanha de terror para impor uma temporária calma, pré-eleitoral, no Iraque.

Um dos instrumentos menos reconhecidos desta estratégia é o combate aéreo. Tendo muito sido escrito sobre a biografia do general, a intriga palaciana, e o drama do soldado, praticamente ninguém abordou o novo protagonismo da Força Aérea, um artigo pela Associated Press que teve alguma circulação em meados de Julho e nada mais (ver aqui).

A base Americana da Balad, a norte de Bagdad, é hoje um dos maiores aeroportos do mundo. Enquanto o LAX ou o O'Hare despacham milhares de pessoas, umas poucas mercadorias e correio, o tráfico de Balad são milhares de bombas destinadas aos povoados iraquianos. No primeiro semestre de 2007 houve um acréscimo de 5 vezes no uso de ataques aéreos para socorro da infantaria e para intimidação. Uma história relatada à National Public Radio dos EUA por um oficial, ilustra bem a moralidade de tirano. Quando um líder tribal iraquiano mostrou relutância em cooperar com os americanos, o oficial pediu apoio da força aérea que voou razante sobre o local. De imediato, o iraquiano aceitou os termos americanos. E se os oficiais gabam-se dos actos de terrorismo mafioso, as estatísticas das ONGs registam as mortes reais e indiscriminadas.

Os impérios nao ganham as guerras que querem, só ganham as que podem. E os EUA com o seu terrífico arsenal convencional (e nuclear) só pode ganhar guerras de genocídio.

Comments:
Acho que foi Emmanuel Todd que falou da incapacidade do Exército americano de vencer uma guerra no terreno. Simplesmente não são capazes de pagar o preço necessário em (suas) vidas humanas.
 
Junta-lhe o gráfico da Dolores:
http://obitoque.blogspot.com/2007/09/guerra-ou-genocdio.html
 
l.rodrigues,

Eu suspeito dessa leitura do problema.

Transfere-se a fragilidade americana a uma incapacidade dos seus cidadaos em pagar o preco das guerras necessarias. As guerras nao sao necessarias. E os civis americanos nao podiam ter sido mais pacientes para com o Pentagono, dispostos a pagar pelos orcamentos faraonicos, e a desculpar a destruicao da reputacao internacional do pais. O facto e' que os militares nao sabem ganhar as guerras a bom tempo e a bom custo.
 
As tropas americanas refletem a sociedade de onde veem.Chegam com doses maciças de propaganda na cabeça,mà preparaçao individual,assente em carradas de equipamento de ponta , muito pouco espirito de sacrificio e sobretudo a ideia que basta chegarem là mostrarem-se que o inimigo bate em retirada.Para quem tenha duvidas da pèssima preparaçao destes militares basta averiguar os resultados dos exercicios conjuntos,fuzileiros versus marines nunca perdemos nenhum.
 
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