02 setembro 2007

 

As inevitabilidades económicas


"Por outro lado, o número de desempregados tem vindo a aumentar. Portugal, apresenta a mais alta taxa de desemprego (7,9%) entre a UE e a expansão da economia - actualmente a um ritmo de 1,8% - não é suficiente para criar mais postos de trabalho. Por tudo isto, nos próximos 12 meses os portugueses não vislumbram progressos na situação económica do país e estão entre os cidadãos mais pessimistas da área euro."
(Rudolfo Rêbelo, extracto de "Portugueses não conseguem poupar" no Diário de Notícias de 2 Set 2008)

E assim se vai reforçando a falsa noção das inevitabilidades da economia:
- Não tens emprego? Pois, a economia não está a crescer o que deve...
- Estás doente? Mas olha que o Estado providência está falido...
- Estás com fome? Pede emprestado ao banco. Se tiveres boas garantias, talvez...

Comments:
De facto, o panorama não se desenha lá muito risonho. Perspectiva-se uma inflação acentuada dos preços dos bens alimentares (entre outras coisas, por causa dos biocombustíveis) e o aumento das taxas de juro não deverá ficar por aqui. A gigantesca fraude nos mercados financeiros internacionais ainda vai dar muito que falar.
 
Mas e' exactamente esse o problema. Morto por ter cao, morto por ter. Anos a fio andam-nos a impingir a histo'ria de que temos que respeitar quotas agricolas, deixam-se campos e campos por explorar, suportados por uns subsidios. Mais tarde, quando ja' se avizinha a inflacao de produtos ba'sicos, parece nao haver nada a fazer. Morre-se por deflacao e por inflacao, corta-se de todos os lados.
 
"nos próximos 12 meses os portugueses não vislumbram progressos na situação económica do país"

Nos próximos doze meses? Não! Enquanto não sairmos da UE e largarmos o Euro!

É assim tão difícil perceber isto?
 
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